Foto: Luciano Pascoal
Estamos em uma sociedade
cada vez mais conectada. E digo isso não no sentido de conexão sutil que todos
exercemos segunda física quântica, por que isso de fato sempre ocorreu. Mais o
conectada que me refiro é no sentido literal mesmo. Não desligamos, ficamos
ansiosos com o barulho de notificações e para saber o que está acontecendo no
mundo. Qual será a programação do fim de semana? O passeio, o restaurante do
momento, a roupa que mais irá expressar o que estamos sentindo. E o que estamos
sentindo? Está é uma pergunta necessária que deveria ser a primeira coisa que
vem a nossa mente antes de decidirmos sobre qualquer atitude. Eu sei que parece
que estou reclamando aqui com você mais não é o que pretendo. Este de fato é o
paradigma desta era: permanecer conectados sem perder a nossa essência. E o que
fazer diante desta agitação toda? O primeiro passo seria fazer uma pausa e
buscar soluções para esta e outras tantas questões. Precisamos sempre fazer
perguntas. E um grande passo para a transformação que queremos no mundo, um
mundo mais amoroso e mais justo para todos, é a busca pela simplicidade.
Agrafloresta em Morretes
Isso mesmo: simplicidade! Nada mais simples e ao mesmo
tempo admirável que as pequenas ervas aromáticas e medicinais. E para começar
que tal ter uma, ou muitas, planta em casa e a observar. Esta relação simples é
geradora de tantos aprendizados bons que as vezes não paramos para pensar sobre
eles. Imaginem a emoção do primeiro ser humano que descobriu que a semente que caia
no solo brotava novamente e dela renascia a mesma planta? Não temos registros
deste incrível momento que com certeza mudou toda a humanidade. Está emoção
acredito que volta, pelo menos um pouco, quando cultivamos na nossa própria
casa seja em um jardim ou em vasos. É uma felicidade quando vemos que a semente
ou a muda que plantamos brotou. Parece que conseguimos vislumbrar um futuro
melhor a partir deste cultivo que se inicia. Aprendemos ali que cada jornada
que desejamos trilhar começa mesmo com um único passo, como escreveu Lao Tsé (604-517 a.C.) um grande sábio chinês.
Plantando por aí.
A minha
história com as ervas medicinais é também uma história de amor, sou apaixonada
mesmo! E vislumbro um grande caminho pela frente, já que tem muitas variedades
de plantas que ainda desconheço. Mais o que sei quero compartilhar com você que
também se interessa e quem sabe torne um apaixonado cultivador. As ervas curam
e mais que isso embelezam e alegrem a vida. Nada melhor que depois de um dia
daqueles parar do lado de um pé de Arruda passar a mão em suas folhas, sentir
seu aroma e observar suas incríveis cores.
Plantar em vasos é uma ótima alternativa.
Mais
voltando ao ato simples de cultivar ervas em casa e o quanto é transformador
este singelo hábito. O mundo que estamos acostumados exige cada vez mais
técnica, perfeição e muitos se sentem pressionados. Nosso planeta azul, nossa
casa, precisa que voltemos a ter vasos de salsinha e hortelã na janela. Para
preservarmos nossa existência e também nossa essência.
Este é um
caminho intuitivo e aprender as técnicas de cultivo de nada adianta sem o
convívio diário com as plantas, que nos ensinam sem falar. Aliás gostaria de
dizer que no aprendizado a intuição exerce uma papel essencial. Os sentimentos
são motivadores das ações realizadas e para além de conhecer a teoria
necessitamos querer, dar sentido, compartilhar, expressar e viver. A intuição
tá ligada ao sentimento que está relacionada ao pensamento que motiva a ação.
Além do ato de plantar suas ervas
medicinais, aromáticas, flores e o que mais quiser acrescentar nesta lista.
Outro pequeno hábito que vem junto nesta busca da simplicidade é tomar chá.
Tomem chás!
Vamos juntos cuidar da nossa casa, nossa mãe terra!
Por: Natalia Schmeiske
Editor: Luciano S. Pascoal
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